segunda-feira, 22 de junho de 2015

Falta de trabalhadores obriga Tóquio a revisar projeto olímpico

trabalho-japaoA pior escassez de trabalhadores dos último 20 anos está obrigado Tóquio a revisar os custos e priorizar os projetos mais importantes para a realização dos Jogos Olímpicos de 2020.

Agravada pelo envelhecimento populacional e pela política de imigração fechada, a falta de trabalhadores na construção civil está elevando os custos de construção das instalações olímpicas, como o Estádio Nacional de Tóquio, que perdeu os icônicos arcos da cobertura para economizar alguns bilhões de ienes no orçamento duramente criticado pelo governo local.

As principais construtoras do Japão estão promovendo um verdadeiro “quem dá mais” para a construção de novos projetos de grande porte. Algumas delas estão se negando a aceitar mais compromissos por causa da falta de profissionais qualificados.

O custo da mão de obra na construção civil aumentou cerca de 25% nos últimos três anos, mesmo com a chegada de milhares de trainees estrangeiros do polêmico programa de estágio do governo central, que ganham, em média, menos do que um trabalhador regular japonês.

O governo central estima que 25 mil trabalhadores da construção civil serão necessários para construir as instalações olímpicas. Para tentar resolver o problema da escassez de trabalhadores, o primeiro-ministro propôs um relaxamento nas leis de imigração para permitir a entrada de trabalhadores estrangeiros especializados, mas enfrenta forte oposição por parte da população.

Uma pesquisa realizada em 2014 mostrou em 41% das construtoras japonesas não tinham trabalhadores suficientes para atender a demanda. Levando em consideração a demanda pela reconstrução da região de Tohoku – afetada pelo terremoto e tsunami de 2011 – e o projeto olímpico, o país enfrenta em déficit de 230 mil trabalhadores este ano, de acordo com cálculos do governo.
Fonte: IPC Digital

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