segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Demanda por babás cresce em meio à falta de creches no Japão

Mães que trabalham estão cada vez mais dependendo de babás para lidar com a escassez de serviços de cuidados infantis
Procura por babás no Japão aumenta em meio à escassez de creches autorizadas no país
A demanda por babás no Japão está aumentando em meio a uma escassez de serviços públicos de creches para crianças em idade pré-escolar.

“É muito difícil encontrar uma boa babá. É uma batalha dura”, disse uma mãe trabalhadora de 33 anos que tem usado o serviço por um ano e meio na cidade de Yokohama (Kanagawa).

Seus dois filhos, de 5 e 2 anos, são cuidados por uma babá toda noite de segunda-feira, permitindo à mãe balancear seu trabalho e vida diária.

“Não consigo imaginar minha vida sem uma babá”, disse ela.

Mais flexibilidade para atender solicitações urgentes de pais que trabalham
Desde abril deste ano, o número de crianças aguardando uma vaga para creches públicas em unidades autorizadas era de 26.082 em todo o país em razão de uma escassez de instalações e funcionários.

Geralmente, as babás eram consideradas somente pelas pessoas ricas. Contudo, hoje em dia, elas estão em alta demanda, visto que estão mais flexíveis e podem lidar com solicitações urgentes de pais que trabalham e que inesperadamente são forçados a fazerem horas extras.

“Normalmente perguntam às mulheres se elas realmente querem trazer uma pessoa estranha para dentro de casa e deixar os filhos com ela”, disse Chiho Yoshikawa, de 51 anos, gerente da primeira empresa de serviços de babá no Japão, que iniciou os negócios em Tóquio no ano de 1972.

“Queremos contratar mais pessoas, mas temos que manter a qualidade do serviço”, disse a pessoa responsável pela área de relações públicas da empresa.

Sites de babás freelancer cada vez mais populares, mas ainda há problemas
Sites especializados em serviços de babá freelancer estão se tornando cada vez mais populares, enquanto nenhum certificado é exigido para atuar na área no Japão.

Mas isso não fica livre de problemas. Em 2014, um bebê de 2 anos de idade foi sufocado até a morte por um homem, que trabalhava como babá, que entrou em contato com seu cliente através de um site.

“É aconselhável conversar direto com sua babá e elaborar seus pedidos e preocupações antecipadamente. Não dependa somente de e-mails quando pedir alguém para tomar conta de seus filhos pela primeira vez”, disse Mayumi Nagasaki, secretária-geral da Associação de Serviços de Cuidados Infantis All Japan.
Fonte: Portal Mie com Kyodo

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