sexta-feira, 30 de março de 2018

Oferta de emprego no Japão diminui pela primeira vez desde 2012, mas nível continua alto

As empresas japonesas, especialmente as do setor de serviços, vêm enfrentando escassez severa de mão de obra
Empresas japonesas, especialmente as do setor de serviços, vêm enfrentando escassez severa de mão de obra
 
A disponibilidade de empregos no Japão diminuiu pela primeira vez em cinco anos e o desemprego teve um leve aumento em fevereiro, mostraram dados do governo nesta sexta-feira, enquanto economistas apontam uma pausa temporária no fortalecimento da demanda por mão de obra.

O índice que mede o nível de emprego ficou em 1,58, um pouco abaixo do número de janeiro (1,59), marcando a primeira queda desde setembro de 2012, de acordo com o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar Social. Isso significa que havia 158 vagas para cada 100 candidatos.

A taxa de desemprego do Japão subiu 0,1 ponto percentual, para 2,5% em fevereiro, o primeiro aumento em nove meses, informou o Ministério de Assuntos Internos e Comunicações. O dado reflete mais pessoas engajadas na procura de emprego em fevereiro do que no mês anterior, quando os candidatos foram afetados pelo clima frio.

"Apesar do aumento da taxa de desemprego, ela ainda está no nível mais baixo em 25 anos e as condições de emprego estão em constante recuperação", disse uma autoridade do Ministério de Assuntos Internos.

"A disponibilidade de empregos vem melhorando desde o Lehman Shock e eu não acredito que a tendência vai mudar", disse Yuichiro Nagai, economista do Barclays Securities Japan, referindo-se à crise de 2008 causada pela quebra do banco de investimento americano Lehman Brothers Holdings.

As empresas japonesas, especialmente as do setor de serviços, vêm enfrentando escassez severa de mão de obra em meio à queda da população, já que a terceira maior economia do mundo continua a ter um crescimento modesto.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, pediu às empresas para que aumentem os salários, já que ele considera necessário afrouxar mais os cofres dos consumidores e preparar o caminho para a saída do país da deflação.

"Pequenas e médias empresas também estão em uma situação em que precisam aumentar os salários (para garantir trabalhadores)", disse Nagai, enquanto analistas acreditam que a escassez de mão de obra se torne mais severa.
Fonte: Alternativa

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