terça-feira, 27 de outubro de 2009

O nacionalismo da Era Vargas

A ditadura do Estado Novo implantado por Getúlio Vargas em 1938 procurou ressaltar o nacionalismo brasileiro através da repressão à cultura de imigrantes que formavam comunidades fechadas como os japoneses e alemães.
O decreto nº 383 de 18 de abril de 1938 determinou várias proibições aos estrangeiros:não poderiam participar de atividades políticas, formar qualquer tipo de associação, falar línguas estrangeiras em público ou usá-las como língua de alfabetização de crianças.
A transmissão de programas de rádio em línguas estrangeiras foi proibida. As publicações impressas (jornais, revistas, livros) em língua estrangeira também foram proibidas, a não ser que fossem bilíngüe, japonês-português, por exemplo. Como a publicação bilíngüe era muito cara, jornais e revistas deixaram de circular. Em 1939, uma pesquisa da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, de São Paulo, mostrou que 87,7% dos nipo-brasileiros assinavam jornais em idioma japonês, um índice altíssimo para qualquer língua e qualquer época no Brasil. O decreto nº 383 de 1938 praticamente acabou com a disseminação de informações na comunidade japonesa, pois boa parte desta sequer compreendia o idioma português.
A partir de então, a entrada de imigrantes japoneses ficou cada vez mais difícil. O ministro da Justiça Francisco Campos, em 1941, defendeu a proibição do ingresso de 400 imigrantes japoneses em São Paulo.

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