Plano de Imigração do governo fala em rever critérios para o visto

O texto é uma proposta para ser discutida pelo governo e não uma decisão definitiva
O Ministério da Justiça do Japão definiu no final de março o quarto Plano Básico da Imigração, que servirá de diretriz para os próximos cinco anos no controle de entrada e saída de estrangeiros.
O plano prevê a necessidade da revisão do critério que permite a obtenção do visto temporário de trabalho a nikkeis, que atualmente não tem exigências relacionadas a conhecimento da língua ou qualificação profissional.
Sobre aqueles com visto permanente, o documento cita que deve ser estudada como prova da adaptação desses estrangeiros ao Japão. A proposta aponta também que nikkeis sul-americanos, como os brasileiros, “têm contribuído para o desenvolvimento econômico e auxiliado a economia japonesa”. Mas, por outro lado, menciona que “em meio à crise econômica, a situação dos problemas de emprego e de moradia deles tende a se agravar.”
A questão da entrada de estrangeiros no Japão é polêmica e divide políticos, especialistas e outros setores da sociedade.
Aqueles que são contra argumentam que a medida pode levar a problemas sociais, como o aumento da violência. Já os que se posicionam a favor dizem que essa é a única maneira do Japão manter sua economia ativa.
Mas como a redução da população japonesa é inevitável e vai provocar a redução na mão-de-obra no país, foi incluída na proposta a “necessidade de estudar e discutir a entrada dos estrangeiros levando-se em consideração o futuro do Japão”.
Com a intenção de “atrair estrangeiros para a revitalização da economia”, o órgão deve adotar medidas emergenciais, como a prorrogação do tempo de permanência a estrangeiros com alta qualificação, como pesquisadores e executivos. Além disso, foi ressaltada a importância da cooperação dos ministérios relacionados à questão e desses com as prefeituras, que possuem mais experiência no trato de questões envolvendo estrangeiros. O objetivo é executar projetos visando à convivência com os japoneses.
Fonte: IPC Digital