quarta-feira, 21 de julho de 2010

Diplomata vai administrar fase experimental da Casa do Trabalhador

Paulo Amado teve encontro com a comunidade em Nagoya para esclarecer as dúvidas sobre a Casa
Paulo Amado, diplomata e chefe da Casa do Trabalhador Brasileiro no Japão que será inaugurada no próximo dia 31, em Hamamatsu, Shizuoka, esteve na tarde de terça-feira (20), no Consulado-Geral do Brasil em Nagoya, para ouvir a opinião de empresários e representantes de associações de Aichi e Gifu sobre a iniciativa. É ele quem ficará reponsável pela administração da Casa em sua fase experimental.
Amado permanece em missão no arquipélago até 6 de agosto, para colher informações e elaborar relatório de viabilidade do projeto piloto para o governo brasileiro.
O escritório experimental da Casa do Trabalhador Brasileiro fica localizado ao lado do Consulado-Geral do Brasil em Hamamatsu e vai atender brasileiros de todo o país na prestação de serviços como orientação e informação com ênfase em legislação trabalhista brasileira e japonesa. Os atendimentos contarão eventualmente com a orientação de advogados japoneses. Outra função do estabelecimento será o anúncio de cursos de capacitação oferecidos localmente em coordenação com instituições competentes.
Já a “Casa Virtual”, portal onde os brasileiros com acesso à internet poderão adquirir as mesmas informações daqueles que forem pessoalmente ao local está em fase de finalização.
Durante a reunião, Amado reconheceu o apoio do governo japonês nas discussões e enfatizou que a entidade não vai se sobrepor os trabalhos que já são feitos por órgãos públicos, agências locais e órgãos não-governamentais. “Vamos trabalhar em parceria com as entidades que já atuam em suas respectivas áreas. A Casa pode ser o elo entre as associações com o governo brasileiro para fazer a interlocução com o governo japonês”, explicou. “Poderá ser o madoguchi (guichê) que falta dos brasileiros no Japão”, completou.
O projeto criado em parceira entre o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Itamaraty orçado em 500 mil dólares funcionará durante 90 dias, podendo ser renovado sucessivamente por períodos de 30 dias, até o final deste ano, de acordo com a necessidade. Para isso serão elaborados relatórios, sondagens estatísticas, questionários de pesquisa pelos atendentes com o objetivo de registrar a demanda de brasileiros por atendimento.
A escolha de um diplomata para a gerência da Casa tranquilizou os participantes e pôs fim a uma série de especulações sobre a administração da instituição por organizações locais mediante processo de licitação. “É a opção mais sensata. Saímos com várias informações oficiais. Era isso que faltava”, disse Edílson Kinjo da NPO (new) Sab – Associação Amigos do Brasil de Minokamo, Gifu. Para o empresário Minoru Koike, a Casa do Trabalhador Brasileiro pode fazer o papel que faltava entre as entidades brasileiras do Japão. “Atualmente temos inúmeras associações isoladas, porém com as mesmas necessidades. Se a Casa puder cumprir o papel de interface, ou seja, uma representação entre todas elas e também junto aos governos, será ótimo”, comentou.
Amado, que trabalhou por três anos como cônsul-adjunto no Consulado-Geral do Brasil em Nagoya, disse que a reunião foi feita na cidade em reconhecimento ao número expressivo de brasileiros na província de Aichi e ressaltou a intenção do Ministério do Trabalho e Emprego de contribuir com a qualificação profissional dos brasileiros residentes no Japão. O diplomata se colocou à disposição da comunidade para ouvir opiniões, sugestões e críticas que serão enviadas ao governo brasileiro.
Fonte: IPC Digital

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