quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Número de jovens no mercado de trabalho está em queda

São dois milhões de trabalhadores a menos que há dez anos
A população jovem no mercado de trabalho japonês sofreu redução de mais de 2 milhões em dez anos. Segundo resultado do levantamento feito pelo Ministério do Interior e Comunicações divulgado, havia 5,73 milhões trabalhadores na faixa etária de 15 a 24 anos em 2009. Esse total representa uma queda de 220 mil ante o resultado de 2008 e de 2,15 milhões em relação ao nível de dez anos atrás, que foi de 7,88 milhões.
Em comparação com a época do maior crescimento econômico do país, chamado milagre japonês, que ocorreu entre 1955 e 1973, o número caiu pela metade.
A redução dos jovens no mercado de trabalho é considerado por vários economistas como um fator negativo para a economia, já que ela poderá resultar, no longo prazo, em queda
do consumo e dos investimentos.
Enquanto diminui o número de trabalhadores jovens, os custos do governo para sustentar a população idosa só gastos com a previdência social atingirá ¥ 141 trilhões em 2025, 50% a mais frente ao resultado de 2007.
O número de trabalhadores na faixa etária de 25 a 34 anos também sofreu queda de 1,28 milhão entre 1999 e 2009, caindo de 14,86 milhões a 13,58 milhões. A queda entre 2008 e 2009 foi de 310 mil.
Os 5,73 milhões de trabalhadores jovens representam 39,9% da população na faixa etária de 15 a 24 anos.
Esta é a primeira vez que o índice ficou abaixo de 40% desde que o governo começou a coletar dados em 1968. A taxa recuou 3 pontos em comparação ao resultado de 1999, e 1,5 ponto, ante o resultado de 2008.
Entre os homens, o índice em 2009 foi de 38,7%, 2,3 pontos abaixo do resultado do ano
anterior. No grupo feminino, a taxa do ano passado foi de 41,1%, 0,7 pontos percentuais a menos.
Uma das principais causas da redução dos trabalhadores jovens é a queda da população dessa faixa etária. Além disso, o aumento da escolaridade tem contribuído para atrasar a entrada deles no mercado de trabalho. A proporção dos alunos que ingressam no ensino superior depois de concluir o kookoo (ensino médio) passou dos 50% pela primeira vez em 1998, atingindo 50,2%.
Por outro lado, os formandos têm enfrentado dificuldade de conseguir emprego devido à crise econômica que levou as empresas a diminuir as vagas para recém-formados nos últimos anos.
De acordo com pesquisa feita pelo Ministério do Interior e Comunicações, 8,2% dos universitários que se formaram em março deste ano não conseguiram emprego como funcionário efetivo. Este é o segundo pior índice registrado desde que o governo começou a fazer levantamento em 1996, ficando abaixo apenas do resultado de 1999, que foi de 8,9%.
De acordo com outra pesquisa, o número dos que vivem de trabalhos temporários, chamados de freeter, na faixa etária dos 15 a 34 anos, voltou a crescer no ano passado pela primeira vez em seis anos. O total desse tipo de trabalhador atingiu o pico em 2003,
com 2,17 milhões.
Com várias medidas do governo para estimular a contratação dos jovens, esse número caiu para 1,7 milhão até 2008. Em consequência da crise econômica, porém, houve aumento
de 80 mil freeter em 2008, subindo para 1,78 milhão.
Fonte: IPC Digital

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