Município debateu idéias na Terceira Conferência sobre Medidas contra Desemprego da Região de Hamamatsu
Em abril de 2009 o número de consultas para emprego no Hello Work de Hamamatsu (Shizuoka) chegou ao pico com 7 mil pessoas. Em agosto de 2010, foram 1.574 consultas que resultaram em 235 apresentações para empresas contratantes, porém apenas 45 pessoas conseguiram novas colocações no mercado de trabalho.
Esses e outros números foram apresentados durante a III Conferência sobre Medidas contra Desemprego da Região de Hamamatsu, realizada na sexta-feira (1º) na Prefeitura local, com as presenças do prefeito Yasutomo Suzuki; Aloysio Gomide Filho, Encarregado do Consulado Geral de Hamamatsu; Andreas Batista, Chefe da Casa do Trabalhador Brasileiro no Japão; Eduardo Roedel Fernandez Silva, Consul adjunto e demais autoridades vinculadas ao setor do comércio, indústria, social, emprego, planejamento, agricultura, entre outros.
O diretor geral da Sede de Medidas de Emergência Econômica, Takaji Yamashita, comentou o resultado da pesquisa realizada em janeiro, para compreender a situação atual dos estrangeiros residentes na região, divulgado pelo Shizuoka Seibu Kenmin Seikatsu Center.
A pesquisa foi realizada em locais de grande concentração de estrangeiros, com 232 pessoas, em sua maioria (91,8%) de brasileiros. Desse total, 59,9% estavam desempregadas. Entre os que procuravam emprego, 61,9% queriam voltar a trabalhar na área industrial, enquanto somente 2% desejavam trabalhar na área de assistência social, como helper, entre outros. Cerca de 20% acreditavam que o conhecimento do idioma japonês e a idade eram grandes barreiras para a recolocação no mercado de trabalho.
Andreas Batista, Chefe da Casa do Trabalhador Brasileiro no Japão, compartilha da opinião de Hisao Yasui, Conselheiro do Departamento de Planejamento da Cidade de Hamamatsu, no sentido de que os problemas do estrangeiro são mais complexos e não se fundamentam apenas na questão do desemprego. “A situação do estrangeiro passa pela educação, saúde, previdência, pois a questão primordial é como inseri-lo na sociedade japonesa e o problema do desemprego vem junto com essas questões”, lembra Batista. “Pensar em medidas paliativas para solucionar a questão do desemprego é importante, mas é preciso pensar mais adiante, porque muitos estrangeiros vieram para ficar no Japão e isso precisa estar claro para o governo do Japão. Nós da Casa do Trabalhador também trabalhamos pensando no apoio e na solução global”.
Fonte: IPC Digital
Nenhum comentário:
Postar um comentário