segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Falta de seguro obrigatório pode acabar em multa e perda de carteira

Especialista aconselha não fazer acordo com envolvidos após acidente
Com a crise econômica, muitos brasileiros desistem de pagar o seguro obrigatório para automóvel para poupar dinheiro. Mas o barato pode sair caro – a multa para quem desrespeita a lei é de ¥ 500 mil, além de perda da carteira de habilitação e, em casos extremos, prisão com trabalho forçado por um ano.
“Em caso de acidente, evite fazer acordo informal com os envolvidos, pois isso elimina a possibilidade de recorrer ao seguro se forem descobertos prejuízos depois”, explica Osamu Takahashi, vice-presidente da Centro de Apoio para Moradia aos Estrangeiros de Kanagawa. “O melhor é contatar a seguradora o mais rápido possível”, diz.
Takahashi, que já morou 14 anos no exterior e cinco deles no Brasil, diz que o motorista deve acionar o seguro após se envolver em acidente de trânsito. Em primeiro lugar, é preciso chamar a polícia, tendo em mãos informações detalhadas sobre o local do acidente – dependendo da gravidade, será necessário ir até o posto policial (kooban). É preciso registar boletim de ocorrência (Kootsuu Jiko Shoomeisho), que será utilizado na hora de acionar o seguro.
Ele Takahashi explica que, em caso de problemas para se comunicar com os envolvidos, o melhor é acionar a seguradora com ajuda de alguém que fale japonês. Anote nome completo, telefone de contato e dados do automóvel (placa, cor, modelo etc), além de, se possível, tirar fotos ou fazer vídeos dos veículos. Também tenha em mãos o número do seguro dos envolvidos. Pegar o contato das testemunhas oculares também pode ajudar, em caso de ser necessário recorrer aos tribunais.
No Japão, o seguro obrigatório, chamado de Jidoosha Songai Baishoo Sekinin Hoken ou, na forma curta, Jibaiseki Hoken, é feito por empresas particulares. Esse é o caso também do facultativo (nin-i hoken). Na hora de escolher a seguradora e em que seguro se inscrever, é preciso levar em conta os tipos de planos oferecidos e seus adicionais. É possível, por exemplo, pedir a cobertura apenas dos gastos com danos a terceiros.
Takahashi alerta que é importante também ficar de olho no tipo de seguro que os outros envolvidos no acidente possuem. No caso de cobertura de gastos com saúde, o hospital entra em contato direto com a seguradora, que quitará a conta. Por essa razão, é importante ter consigo os documentos do seguro.

Segruo contra incêndio em imóvel
O vice-presidente da Centro de Apoio para Moradia aos Estrangeiros de Kanagawa falou também sobre o Kasai Hoken (seguro contra incêndios), obrigatório para todos que alugam ou compra casa no Japão. No caso de quem é locatário, este seguro costuma incluir também o Shakkanin Baishoo Hoken, que cobre danos do dia-a-dia causados nas imediações do imóvel. É o caso, por exemplo, de vidraça quebrada ou ferir alguém ao andar de bicicleta.
A chefe da Divisão de Promoção de Convivência Social da prefeitura de Fujisawa, Junko Suyama, esclarece que o objetivo da reunião é buscar a integração dos estrangeiros da região de Shonandai – cerca de 3 mil – e ainda criar uma rede de voluntários para auxiliar os estrangeiros. “Não queremos fazer apenas seminários explicativos, mas também, por exemplo, aulas de culinárias para ensinar a preparar o bentoo.
Além disso, esperamos que os estrangeiros deem ideias e opiniões, mesmo negativas, que possam contribuir para melhorar o município.”
Fonte: IPC Digital

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