quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Polícia alerta para recolhimento de material reciclável sem autorização

Atividade bastante comum no Brasil, no Japão existem regras e pode gerar problemas para quem não é autorizado
Hábito bastante comum no Brasil, o recolhimento de materiais recicláveis sem autorização
é proibido em várias partes do Japão. O Departamento de Educação e Treinamento do Núcleo de Assuntos Internacionais da Polícia de Aichi começou a advertir a comunidade sobre o tema, depois de problemas envolvendo brasileiros.
Em várias regiões do país, o recolhimento de materiais como latas de alumínio, papelão, jornais e revistas usados e plásticos para venda é função das associações de moradores.
“É dessa maneira que essas entidades arrecadam dinheiro para se manterem. A maneira de coleta dos materiais é diferente dependendo de cada município, assim como a maneira de reciclar também é diferente”, explica a policial Akiko Nakabaru, que regularmente ministra aulas e realiza palestras em escolas brasileiras e eventos.
Por serem deixados em frente às casas ou nos depósitos de lixos dos condomínios, estrangeiros costumam achar que o material não tem dono. “Eles serão reciclados e utilizados em função dos próprios moradores. O recolhimento indevido será motivo de problemas”, adverte Akiko.
As associações de moradores ( jichikai) realizam atividades visando o desenvolvimento do bairro, à conscientização sobre solidariedade, à assistência aos moradores e à promoção da amizade, comunicação e cooperação de todos. São responsáveis pela manutenção da região e colaboram para o crescimento e desenvolvimento do meio ambiente.
O trabalho das entidades é dividido por categorias. São elas: embelezamento ambiental (limpeza dos parques e ruas da região, mutirão para capinagem, supervisão dos pontos de coleta de lixo e recolhimento de materiais recicláveis); segurança (instalação e manutenção da iluminação das ruas, treinamentos para a prevenção contra desastres como terremotos e apoio aos grupos de voluntários de incêndio); atividades culturais e recreativas, como matsuri, auxílio a outras associações da região que prestam assistência a idosos ou a crianças, por exemplo; comunicação e cooperação com a prefeitura, subprefeitura e outros órgãos públicos, ajudando na distribuição e circulação dos boletins informativos do município e outros avisos, etc. Os membros da entidade são voluntários.
A filiação é opcional ao morador. Os interessados devem pedir informações ao representante do jichikai.
Fonte: IPC Digital

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