sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Polícia de Minato apresenta novos intérpretes voluntários

Na sede da polícia, eles receberam as primeiras instruções do novo serviço e participaram de palestra do NIC
Em cerimônia realizada no início de outubro, quatro brasileiros foram apresentados oficialmente como intérpretes voluntários da polícia de Minato-ku, em Nagoya (Aichi). Carlos Shinoda, Eduardo Yamazaki, Rômulo Kobayashi e uma brasileira que preferiu não ter o nome divulgado participarão de campanhas de prevenção de crimes e de conscientização para o trânsito junto à comunidade brasileira da região até março de 2011.
Na sede da polícia, eles receberam as primeiras instruções do novo serviço e participaram de palestra do NIC (Centro Internacional de Nagoya), que desenvolve projetos de integração
para a comunidade estrangeira na província desde 1984.
Em Aichi, vivem 214 mil estrangeiros, dos quais 67.162 são brasileiros. Em Minato, existem dois conjuntos residenciais com grande concentração de pessoas vindas do Brasil: Kiba Danchi e Kyuban Danchi.
Há 20 anos no Japão, Eduardo Yamazaki já trabalhou em diversas áreas, passando por fábricas, oficinas mecânicas e intérprete, tendo vivido em Osaka, Hiroshima, Shizuoka e Mie antes de morar em Aichi. Agora, quer transmitir sua experiência orientando a população brasileira sobre o tema da segurança e contribuir para desmistificar a imagem de violência atribuída à polícia. “O Japão é um país seguro para todos que vivem nele. Fazendo as coisas corretamente, não há o que temer”, comenta.
Já o colega Rômulo Kobayashi conta que está no arquipélago há 13 anos, período durante o qual aprendeu o idioma japonês para ter uma vida mais tranquila. Ambos frisam que não estão co-operando com o trabalho da polícia para prejudicar ninguém, mas para ajudar a promover a integração da comunidade. “Acho que, desempenhando essa função, poderemos unir mais os brasileiros para que, sabendo como funcionam as leis no Japão, possamos construir uma imagem positiva perante a sociedade japonesa”, diz Kobayashi.
O professor Carlos Shinoda, que está há 17 anos no país, dos quais 5 em Nagoya, é outro intérprete voluntário recrutado. De acordo com ele, o convite para a função surgiu de um
trabalho de aproximação da polícia de Aichi com seus alunos. Para ele, a barreira da língua ainda é o principal desafio para a integração e aceitação dos brasileiros no país. “Existe um desencontro. Vejo muito material sendo divulgado, mas falta um canal para fazer chegá-los a quem necessita de informação. Então faremos essa ponte.”
Fonte: IPC Digital

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