quarta-feira, 1 de maio de 2013

Em meio à crise nuclear, Japão lança campanha de economia de energia

Foco é a redução do consumo durante o verão, segundo o governo.
Blecaute nuclear ocorre no país após desastre de Fukushima.

Trabalhadores observam sistema de resfriamento de um reator da usina de Fukushima durante inspeção da AIEAO Japão começou nesta quarta-feira (1º) uma campanha para reduzir o consumo de energia no verão, sem estabelecer limites de consumo. É a primeira vez que o país trata desse assunto desde o início da crise nuclear, iniciada após a explosão da usina de Fukushima, afetada pelo terremoto e tsunami de 2011.

A campanha chamada “Cool Biz”, vai permitir que oficiais e parlamentares trabalhem sem roupas oficiais, que sobregarregam o consumo de ar-condicionado. Com isso, todos os escritórios nacionais vão deixar o ar em níveis menores.

De acordo com as agências internacionais, a campanha ocorre no momento em que o governo decidiu não impor quaisquer restrições ao consumo de energia em regiões do país.

Desde junho de 2012, o Japão se viu mergulhado em um blecaute nuclear completo, fato que ocorreu pela primeira vez em 42 anos. Apenas dois reatores nucleares permanecem ativos de um total de 50 que o país possui. Antes da crise nuclear, as usinas produziam cerca de 30% da eletricidade do país.

O acidente nuclear de Fukushima, o pior desde o desastre na central ucraniana de Chernobil (Ucrânia), em 1986, ocorreu após o tsunami gigante de 11 de março de 2011, que provocou a suspensão do fornecimento de energia e a paralisação dos sistemas de refrigeração da usina atômica, situada 220 km a nordeste de Tóquio.
Importantes quantidades de radiação se disseminaram no meio ambiente ao redor da central nuclear situada a 220 km ao nordeste de Tóquio. A fase crítica do acidente foi considerada superada em dezembro de 2011, mas os trabalhos de proteção da área não avançam pelos altos níveis de radioatividade.
Fonte: G1 | Foto: Reuters/IAEA Photo/Divulgação

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